A influência dos pais sobre a alimentação das crianças
Nas conversas sobre alimentação infantil, é bastante normal ouvirmos: “Meu filho não gosta disso ou daquilo” ou, então: “Ele só come nuggets, batata frita ou macarrão sequinho”.
Desculpem a franqueza leitoras, mas, enquanto tentavam dar conta de tudo e proporcionar o melhor para seus filhos, muitos pais costumam falhar nesta, que é uma das mais difíceis missões: “ensinar as crianças a comerem bem”.
Mas nunca é tarde para reverter a situação. Quer saber como? Continue lendo o nosso post de hoje!
Seja o exemplo de seu filho
Dar o exemplo é a melhor maneira de ensinar (ou acostumar) seu filho a comer alimentos saudáveis. É normal a criança, ainda pequena, querer provar tudo que os pais estão comendo, e não aquilo que querem que ela coma. Se todos estão comendo batatinha frita, como ela vai se interessar pelo brócolis?
Inclua verduras, frutas e legumes na rotina da família e todos sairão ganhando.
Acostumar desde pequeno
Durante a fase de introdução de alimentos, frequentemente utiliza-se batata, arroz, macarrão, chuchu, abóbora ou cenoura no preparo das papinhas salgadas, todos com sabor, cor e textura muito semelhantes.
No entanto, como tudo é novo para eles nesta fase, este é o momento ideal para trabalhar diferentes ingredientes em suas diversas formas de apresentação, sem preconceitos.
Brócolis, alface, quiabo, vagem, brotos, aspargo, abobrinha, berinjela, cogumelos, batata salsa, pera, ameixa, caqui, pêssego… A maioria deles nem são lembrados quando se fala em alimentar os pequenos. Mas, exceto em casos de contraindicação, podem e devem ser oferecidos. Procure usar diferentes formas de preparo para ajudar na habituação.
Crianças que tem contato com vários alimentos desde pequenas são mais receptivas ao novo.
“Brincar” com os alimentos
Enquanto pequenos, sirva alimentos de diferentes formatos e deixe que peguem na mão, cheirem, apertem, observem, assim como fazem com os demais objetos. A tendência das crianças é colocar qualquer objeto na boca e, com os alimentos, é a mesma coisa. Muitas vezes ignoramos esta curiosidade e tentamos ensinar da maneira mais difícil: insistindo com a comida toda na colher.
Disfarce o alimento de lanche
Às vezes, a criança pede para comer só um lanche, para ter aquela sensação gostosa de descontração. Uma opção legal para estes momentos é fazer hambúrguer em casa, usando carne moída magra e diferentes temperos frescos, ou nuggets caseiros, a partir de quadradinhos de peito de frango empanados na hora.
A importância da família reunida à mesa
Procure reunir a família nas refeições, aproveitando para compartilhar os acontecimentos do dia. Faça da refeição um “acontecimento” agradável.
Quando não for possível esta presente, oriente os cuidadores a fazerem o mesmo.
Não obrigue a “raspar o prato”
Durante a nossa infância, só podíamos sair da mesa quando o prato estivesse raspado. Mas, atualmente, pediatras e nutricionistas afirmam que isso é errado. As crianças devem comer o quanto cabe em seus pequenos estômagos. Ao se sentirem obrigadas a comer mais, mesmo estando satisfeitas, podem começar a temer a hora das refeições (ou aprender a sempre comer mais que o necessário) .
A observação da quantidade ingerida durante alguns dias pode ajudar a dosar o que se coloca no prato. Mas, fique atenta! Se a criança está mantendo seu peso adequado mas está sempre deixando muita comida no prato, pode ser sinal de que ela está beliscando fora de hora.
Seja persistente
Algumas crianças não aceitam comer nada muito diferente, principalmente se for verde. Falou em salada, é briga na certa! Não desanime e persista, sempre fazendo o prato da criança incluindo um pouquinho de vegetais de cores diferentes.
E se deixarem estes alimentos de lado? Tente novamente em outra ocasião.
Gostou de saber o quanto vocês, pais, podem influenciar na alimentação infantil? Então, assine nossa newsletter e receba mais artigos como esse!
Edição: Francielly Kirchner Caobianco
Nutricionista CRN 2180