Como o bem estar mental contribui para a saúde das crianças?

“Eu quero dar uma vida melhor para o meu filho. Não quero que precise se privar daquilo que sonha por eu não ter sido capaz de lhe garantir a condição financeira necessária”. Essa busca para garantir acesso às melhores escolas, cursos extracurriculares, médicos, psicólogos, muitas vezes consome todo o tempo e energia da família, restando pouca disposição para aquele tão importante “tempo de qualidade”.

Como consequência, temos um aumento significativo no percentual de crianças com problemas de atenção, ansiedade, depressão e, acreditem, estresse. 

Estudos feitos pela Universidade de Harvard demonstram que esse mal-estar psicológico causa problemas físicos, que vão desde sintomas de taquicardia, enxaqueca e desânimo até queda na imunidade e consequente infecção por diversas doenças.

Mas como garantir às nossas crianças um nível de bem-estar mental que seja propulsor de grandes conquistas? As medidas necessárias para evitar um problema tão sério são, na verdade, muito simples. Quer saber quais são elas? Continue a leitura!

Suporte emocional

Independentemente da configuração familiar, a criança precisa se sentir acolhida. Receber a atenção adequada e os cuidados com a saúde física e mental desenvolvem a resiliência necessária para enfrentar os desafios e pressões normais da infância. Essa estrutura não depende de condições financeiras, pois o que realmente atrapalha a saúde das crianças é a sensação de isolamento e de carência de afeto  por parte dos pais.

É importante que os pais encontrem tempo para acompanhar a rotina, prover carinho e realizar atividades lúdicas e, acima de tudo, que nestes momentos toda sua atenção seja dirigida à eles: a qualidade destes momentos é ainda mais importante do que sua duração. 

Estímulo apropriado

Para o desenvolvimento adequado da fala, comportamento e saúde da criança, é essencial que exista uma relação de troca direta entre criança e cuidador. Isso acontece por meio de olhares, palavras, feições, gestos e interações físicas. Só estar presente não basta: se a atenção não for exclusiva naqueles momentos que são destinados à criança, existe maior chance de depressão no futuro. 

Para se crescer segura e satisfeita, a criança precisa de uma rotina equilibrada que dê espaço para brincadeiras, aprendizagem, convivência com a família e com colegas de diferentes perfis.

Desenvolvimento emocional

É importante que a criança aprenda desde cedo a ser responsável e resiliente  e, para isto, é essencial que ela ajude nas tarefas do cotidiano da família e que as pequenas perdas do cotidiano (do brinquedo que estragou, da plantinha que morreu, da chuva que interrompeu a brincadeira) sirvam para embasar a habilidade de superação.

Veja, é importante que estas insatisfações cotidianas devem ser vividas quando elas estão perto dos pais, que devem demonstrar que não vão poder resolver tudo para elas, mas que estarão presentes para ajudá-las a lidar com isso. Ao serem “privadas” do sofrimento, ao se depararem com a primeira frustração que foge do controle dos pais (uma rejeição na adolescência, por exemplo), serão mais propensas a desenvolverem depressão. 

Equilíbrio nas atividades

É importante equilibrar as atividades realizadas, desde que não haja exagero nos compromissos extracurriculares. Estímulos variados — aulas de artes, culinária e música, por exemplo — e sem uma cobrança irreal por desempenho podem auxiliar no bem-estar mental. A sobrecarga pode desencadear o chamado “stress tóxico“, responsável por inúmeros prejuízos à aprendizagem, comportamento, desenvolvimento físico e mental.

Também, é importante não esquecer que a atividade física é fundamental para promover a saúde mental. Ela ajuda a manter o bom humor e a capacidade de pensamento, aprendizagem e julgamento, além de auxiliar no sono.

Bons hábitos alimentares

Um ambiente que promove o bem-estar mental das crianças não pode negligenciar a questão alimentar. A nutrição tem um grande impacto sobre a saúde, o comportamento e o humor, bem como na produção de substâncias responsáveis pela alegria e inibição da dor.

Estudos revelam que a alimentação desempenha uma contribuição importante no desenvolvimento, gerenciamento e prevenção de problemas mentais específicos, como a depressão, esquizofrenia, distúrbio do deficit de atenção e hiperatividade, entre outras.

Mente e corpo são interligados. Portanto, um corpo desnutrido não pode ser a base para a saúde mental. Alimentação saudável é fundamental!

O que achou das nossas dicas sobre como promover o bem-estar mental das crianças? Que tal saber mais sobre como criar filhos saudáveis e felizes? Confira nossas orientações!

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